quinta-feira, 2 de junho de 2011

Os Sofistas: não mais o cosmos, mas o homem.



Sofismo (do significa sábio) diferente do primeiro momento da filosofia nao tenta explicar a verdade real das coisas.

Pre-Socrática, ou pre-socraticos, tambem chamados de naturalistas ou filosofos da physis tinha como problema especulativo o problema cosmologico( ''Cosmos, ordem, mundo, discurso, estudo'' - que estuda a origem, estrutura e evolucao do universo - Essencia das coisas materiais - O vir-a-ser ) e buscavam o principio das coisas.

Os sofistas se compunham de mestres que viajavam de cidade em cidade realizando apariçoes publicas (discursos) para atrair estudantes, de quem cobravam taxas para oferecer-lhes educaçao. Seu foco central eram estratégias de argumentação
os mestres sofistas alegavam que podiam "melhorar" seus discipulos e que a "virtude" poderia ser ensinada.

Sofistas eram educadores principalmente da retórica.

A palavra era veículo de persuazão, "O que se diz não importa mais o como se diz.".

De certa forma não buscavam a verdade mais sim o lucro.

Pregavam que o homem era individual.

Ninguém está no erro, todos estão no acerto.

Tudo pode ser relativo depende do ponto de vista.

"Quem sabe argumentar pode fazer a razão mais fraca se tornar a mais forte"

Sofistas foram os primeiros Advogados do mundo.

Umas das mais famosas doutrinas dos sofistas era a do contra-argurmento que dizia que todo e qualquer argumento podeira ser contraposto por outro argumento e que a afetividade de um argumento residia na aparênncia do verdadeiro mais não necessariamente no verdadeiro.

Foram perseguidos até pelos Próprios filósofos gregos que se diziam amar a sabedoria, por questionar a sabedoria recebida pelos deuses e a supremacia da cultura grega. Também diziam que a imoralidade de um ato não poderia ser julgada fora do contexto cultural em que aquele ocorreu.

A sofística sustenta o relativismo prático, destruidor da moral. Como é verdadeiro o que tal ao sentido, assim é bem o que satisfaz ao sentimento, ao impulso, à paixão de cada um em cada momento. Ao sensualismo, ao empirismo gnosiológicos correspondem o hedonismo e o utilitarismo ético: o único bem é o prazer, a única regra de conduta é o interesse particular. Górgias declara plena indiferença para com todo moralismo: ensina ele a seus discípulos unicamente a arte de vencer os adversários; que a causa seja justa ou não, não lhe interessa. A sofística move uma justa crítica, contra o direito positivo, muitas vezes arbitrário, contingente, tirânico, em nome do direito natural. Mas este direito natural - bem como a moral natural - segundo os sofistas, não é o direito fundado sobre a natureza racional do homem, e sim sobre a sua natureza animal, instintiva, passional. Então, o direito natural é o direito do mais poderoso, pois em uma sociedade em que estão em jogo apenas forças brutas, a força e a violência podem ser o único elemento organizador, o único sistema jurídico admissível.

"O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, das coisas que não são, enquanto não são."

Tendo como base para isso o pensamento de Heráclito. Tal frase expressa bem o relativismo tanto dos Sofistas em geral quanto o relativismo do próprio Protágoras. Se o homem é a medida de todas as coisas, então coisa alguma pode ser medida para os homens, ou seja, as leis, as regras, a cultura, tudo deve ser definido pelo conjunto de pessoas, e aquilo que vale em determinado lugar não deve valer, necessariamente, em outro. Esta máxima (ou axioma) também significa que as coisas são conhecidas de uma forma particular e muito pessoal por cada indivíduo, o que vai contra, por exemplo, ao projeto de Sócrates de chegar ao conceito absoluto de cada coisa.

Assim como Sócrates, Protágoras foi acusado de ateísmo (tendo inclusive livros seus queimados em praça pública), motivo pelo qual fugiu de Atenas, estabelecendo-se na Sicília, onde morreu aos sessenta e dois anos.

Um dos diálogos platônicos tem como título Protágoras onde, é exposto um diálogo de Sócrates com  Protágoras, onde é exposto um diálogo de Sócrates com o Sofista.


Górgias (em grego: Γοργίας; Leontinos, c. 485 a.C. - Lárissa, c. 380 a.C.)dito "o Niilista", foi um retórico e filósofo pré-socrático grego, natural de Leontinos, na Sicília. Juntamente com Protágoras, formou a primeira geração de sofistas. Diversos doxógrafos relatam que teria sido discípulo de Empédocles, embora tenha sido apenas alguns anos mais jovem que ele. Como outros sofistas estava continuamente mudando de cidade, praticando e dando demonstrações públicas de suas habilidades em diversas cidades, e nos grandes centros pan-helênicos como Olímpia e Delfos, cobrando por suas apresentações e por aulas. Uma característica especial de suas aparições era a de ouvir questões da plateia sobre todos os assuntos e respondê-las sem qualquer preparo.

Seu principal legado foi ter levado a retórica desde sua Sicília natal para a Ática, e contribuir com a difusão do dialeto ático como idioma da prosa literária.

Antístenes, fundador do cinismo, foi ouvinte de Górgias, e Platão escreveu um diálogo intitulado Górgias, onde discute a função e a validade da retórica.

Ao contrário de outros sofistas (especialmente Protágoras), Górgias não professava ensinar arete ("excelência", ou "virtude"). Acreditava não haver uma forma absoluta de arete, mas que o conceito era relativo a cada situação (por exemplo, a virtude num escravo não equivale à virtude num estadista). Sua crença era a de que a retórica, a arte da persuasão, é a rainha de todas as ciências, na medida em que é capaz de persuadir qualquer curso de ação. Embora a retórica existia no currículo de cada um dos sofistas, Górgias colocou-a mais em proeminência que qualquer um deles.

Górgias argumentava que palavras persuasivas tinham uma força (dunamis) equivalente às palavras dos deuses, e o mesmo impacto da força física. No Encômio, Górgias comparou o efeito da fala sobre a alma ao efeito das drogas sobre o corpo: "Assim como diferentes drogas trazem à tona o
s diferentes humores do corpo - alguns interrompendo uma doença, outros a vida - o mesmo ocorre com as palavras: algumas causam dor, outras alegria, algumas provocam o medo, algumas instilam em seus ouvintes a ousadia, outras tornam a alma muda e enfeitiçada com crenças más.

Muito do que já se debateu sobre a natureza e o valor da retórica se iniciou em Górgias. O diálogo de Platão chamado Górgias apresenta um contra-argumento à aceitação incondicional da retórica por Górgias, sua forma elegante, e sua natureza performática. O diálogo tenta mostrar que a retórica não satisfaz as condições necessárias para que seja considerada uma technê, sendo apenas uma habilidade um tanto perigosa de se ter, tanto para o próprio orador como para seu público, pois dá a um ignorante o poder de parecer ter mais conhecimento do que alguém que efetivamente o tem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário