sábado, 29 de outubro de 2011

A familia de ontem e de hoje


A familia tem passado por muitas mudanças no decorrer dos anos e possui um papel fundamental na sociedade e assume uma supremacia decisiva no desenvolvimento das pessoas.
A familia de antigamente era marcada pela figura do pai que era o chefe do núcleo familiar, mulher e filhos eram subordinados a ele. A esposa se dedicava integralmente ao lar, aos muros de sua casa, à fidelidade absoluta. Os filhos deviam submeter suas escolhas profissionais e amorosas às necessidades familiares. As uniões privilegiavam a aliança em vez do amor, a paixão sendo considerada fugaz e destruidora. Para as jovens, vigiadas pelos pais, não havia outra opção senão o casamento e a vida caseira.
Foi entre as Guerras Mundiais, que começou a se observar um desmembramento no exemplo de família existente até então. Os jovens que trabalhavam fora não concordavam mais em dar todo o dinheiro que recebiam ao seu pai, nem as mulheres aceitavam mais de forma tão submissa a imposição de casamentos que não desejavam, preferindo muitas vezes permanecerem solteiras a ter um marido imposto e indesejado.
Com o advento da pílula anticoncepcional, nos anos 60, a mulher passou a ter controle também dos filhos que teria, podendo escolher quando e quantos filhos teria. Os filhos, que antes eram numerosos, especialmente nas áreas rurais, pois eram sinônimos de “mais braços” para a lavoura, passaram a diminuir gradativamente, encolhendo o tamanho das famílias.
O que influenciou também o novo modelo de família foi a  Lei do Divórcio (Lei 6.515/77) que atualmente se apresenta de inúmeras formas. É importante destacar que as modificações da estrutura familiar clássica não significam o fim da família, mas apenas a sua reestruturação.  Cada vez mais a ideia de família se afasta da estrutura do casamento. A possibilidade do divórcio e o estabelecimento de novas formas de convívio revolucionaram o conceito tão importante do matrimônio. 
Hoje, as mais diversas formas de convívio passaram a ser aceitas pela sociedade, e as pessoas podem constituir a família da forma que lhes convier, não estando mais limitadas ao casamento para ser reconhecidas como família.
Antes, o laço característico da família era essencialmente biológico, e somente eram reconhecidos os filhos havidos na constância do casamento; hoje, a família pode ser formada por laços biológicos, adotivos, sócio-afetivos... enfim, o que importa é o afeto e a vida em comum, com objetivos de vida comuns.
          
De acordo com o IBGE, o percentual de famílias formadas por casais com filhos diminuiu decorrente do crescimento da participação das mulheres no mercado de trabalho ,ocasionado  assim mudanças na estrutura das famílias brasileiras pois o número de familias chefiadas por mulheres cresceu. Esse aumento vem ocorrendo mesmo nas famílias onde há a presença do cônjuge.
Nos últimos dez anos, a chefia feminina na família aumentou cerca de 35%, de 22,9%, em 1995, para 30,6% em 2005.
A chefia feminina, porém, ainda é fortemente representada nas famílias onde não há cônjuge, principalmente no tipo de arranjo familiar onde todos os filhos têm 14 anos ou mais de idade. Neste caso, é possível encontrar mães solteiras ou separadas com filhos já criados ou até mesmo viúvas, cujos filhos permanecem em casa por opção ou necessidade.
Na maioria das vezes os pais trabalham fora e os filhos são criados por babás ou passam o dia na escola ou creche, ficando cada vez mais longe dos pais, crescendo muitas vezes sem orientação fazendo com que ao se tornarem jovens fiquem perdidos e sem foco.
A família brasileira, nos dias de hoje, aparece como uma nova família: com novo formato, novo modelo, cara nova, etc. Embora o arranjo familiar composto de casal com filho, com ou sem parentes, seja, ainda, a maioria do total de arranjo, vemos outras familias que possuem uma mãe e um filho, ou casal com filhos enteados e etc.
Porém, no futuro, mesmo que a contínua dependência da mulher em relação ao marido, dos filhos com os pais e vice-versa mantenha-se em declínio, visto que cada vez mais mulheres e filhos estão no mercado de trabalho e desafiam os esquemas de dependência e responsabilidades no interior do núcleo doméstico, a família não deixará seu papel de refúgio ou de último recurso ao qual seus membros recorrem, pois é na família que nos momentos tristes buscamos consolo, amparo e esperança; nos momentos de alegria encontramos confraternização; e nos momentos de dificuldade encontramos apoio e solidariedade.

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